Centro Cultural FIESP

Intrigas e Amor

Montagem Cênica Inédita SESI-SP

Teatro do SESI São Paulo

Crédito: Acervo Memória Cultural

SINOPSE

A peça Intriga e Amor, de autoria do Friedrich Schiller, modela o assunto, as figuras e a realidade para mostrar como deveriam ser, idealmente. Não foca na necessidade natural e o desenvolvimento orgânico, já que, nesta peça, o seu tema é a luta constante entre a ideia e a realidade.

Os dois jovens do seu drama são heróis e paradigmas, encarnações do homem espiritual para além do tempo e das nacionalidades. Quer dizer, entre a liberdade e a sujeição aos sentidos, o homem só podia ter uma opção voluntária, qualquer coação exterior era deprezível. Assim, para além da realidade instável e falível, há uma redenção no puro reino do espírito que não é misericórdia no sentido cristão. É uma realização plena do homem, conseguida unicamente pelo seu esforço e sacríficio. Na liberdade do homem em relação a sí próprio, reside a sua dignidade, permanente conquista heróica na luta travada contra a fatalidade da condição terrena.

Schiller viveu um conflito íntimo de intensidade dramática, dilacerado pelas contraditórias solicitações da vontade e do sentimento, da paixão e da lógica, da fantasia e do intelecto, mas sempre foi o paradigma do que ele próprio definiu como poeta "sentimental" que demanda fervorosamente a realidade total, a unidade e a forma; o seu subjetivismo ansia pelo complemento da realidade objetiva, condição necessária para uma realização completa, na encenação da peça.

A vida de Schiller foi um processo constante de auto-educação; de cada vez que atingia a meta, logo outra se propunha, sujeita sempre ao imperativo das supremas exigências. Este desejo de ascensão era alimentado por um fervor de sentimento capaz do mais sublime entusiasmo e disposto ao sacrifício, outro modo de suprema potenciação. Esta aspiração de absoluta grandeza humana, quer no heroísmo moral, quer no crime, revelou-lhe o destino trágico que no drama é representado como o símbolo da existência.

A intriga vence o amor, apenas na aparência, pois o resultado é que no fim todos sofrem e o que resta é o valor da mensagem. O espetáculo procura, não através de elementos exteriores, mas, somente dos atores, a compreensão da obra, mostrando esse mundo caótico e sem moral onde os homens são colocados como vermes e não são dotados de uma ética existencial. 

Apresentada no Teatro de Arte Isralieta Brasileiro (TAIB).

O número de público alcançado foi de 72.000 pessoas em 180 apresentações.

Ficha Técnica

Dramaturgo

Friedrich Schiller

Atriz

Jacques Lagôa

Sônia Oiticica

Cecília Maciel

Dora Castelar

Eugênia Waldmann

Yara Amaral

Diretor
Osmar Rodrigues Cruz
Ator

Jairo Arco e Flexa

Oswaldo M. Alves

João José Pompeo

Orlando Miranda Rodrigues

Adolfo Machado

Osmano Cardoso

Avelino Passan Mania

Cenógrafo

Clóvis Garcia

Figurinista

Clóvis Garcia

Detalhes

Tipo da atividade
Teatro

Como Citar

AMOR, Intriga e. In: Acervo Memória Cultural. São Paulo: SESI-SP, 2025. Disponível em: https://centroculturalfiesphml.azurewebsites.net/memoria-cultural/acervo/23a08e73-cdea-4b21-8417-69a0a85e2aef/osmar-rodrigues-cruz. Acesso em: 19 de junho de 2025.