Centro Cultural FIESP

Na infância, por insistência do pai, começa a tocar violino, e aos 12 anos já integra uma orquestra juvenil. Seu pai se emociona ao vê-lo entre outras crianças, acreditando que ele possa ter um futuro no mundo artístico. Mais tarde, no Instituto Cultural Israelita, Elias desenvolve interesse pelo teatro após ser convidado para uma peça. Ele demonstra talento e, em 1956, vence um prêmio em um festival de teatro amador.

Sua carreira na televisão inicia-se em 1959, na TV Tupi. Após desempenhar pequenos papéis, ele começa a ganhar espaço e, eventualmente, atua no especial José do Egito. Em 1964, estrela sua primeira novela, Se o Mar Contasse, de Ivani Ribeiro. Naquela época, a TV é ao vivo, e Elias valoriza o desafio de improvisar, acreditando que isso forma um ator completo. Ele permanece na Tupi até 1978, participando de diversas novelas e especiais, entregando-se a cada papel, seja protagonista ou figurante, com amor genuíno pela profissão.

Paralelamente, Gleizer se destaca nos palcos do Teatro SESI, onde atua em peças importantes como Um Grito de Liberdade (1972), Noel Rosa: o Poeta da Vila e Seus Amores (1977), A Falecida (1979), O Santo Milagroso (1981), Chiquinha Gonzaga, Ó Abre Alas (1983) e Muito Barulho por Nada (1986), sendo dirigido por Osmar Rodrigues Cruz. Essas produções fortalecem sua paixão pela atuação ao vivo e enriquecem sua trajetória artística.

Após sua longa passagem pela Tupi, ele tem breves atuações na TV Bandeirantes e SBT, com destaque para a novela Meu Pé de Laranja Lima e o seriado Dona Santa, onde contracena com Nair Bello (1931-2007). A experiência no teatro e na televisão ao vivo o prepara para qualquer desafio, e até o fim de sua carreira, Elias mantém o respeito e a entrega por cada papel, considerando todos igualmente importantes em sua missão como ator.

Em maio de 2015, o ator nos deixa por conta de uma falência respiratório em decorrência de uma broncopneumonia.