Centro Cultural FIESP

Após mudar-se para São Paulo em 1992, Bárbara iniciou sua formação no Teatro Escola Macunaíma e aprofundou seus estudos no Centro de Pesquisa Teatral (CPT) de Antunes Filho, em 1995. Nesse período, integrou o grupo Parlapatões, participando das peças Mistérios Gulosos e Poemas Fesceninos. Estreou no cinema com De Cara Limpa (2000) e ganhou popularidade ao vencer o reality show Casa dos Artistas no ano seguinte.

Na televisão, sua primeira protagonista foi na novela Marisol (2002), no SBT, marcando sua presença no meio audiovisual. Bárbara também se destacou no cinema com obras como Quanto Vale ou É por Quilo? (2005) e Gata Velha Ainda Mia (2013), esta última ao lado de Regina Duarte (1947). Sua estreia na direção cinematográfica foi com o curta Minha Obra (2006), uma ficção inspirada em histórias reais.

No teatro, consolidou-se com performances intensas e premiadas. Em 2010, iniciou uma parceria profissional com Hector Babenco, protagonizando a peça Hell no Teatro Popular do Sesi, que abordava os excessos da alta sociedade. Sob sua direção, brilhou em Vênus em Visom (2014), recebendo elogios por sua maturidade cênica, e participou do longa Meu Amigo Hindu (2015), inspirado na batalha do diretor contra o câncer.

Após a morte de Babenco em 2016, Bárbara dedicou-se a preservar sua memória e obra. Dirigiu o documentário Babenco – Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou (2020), que foi selecionado como representante brasileiro no Oscar, e publicou o livro Mr. Babenco – Solilóquio de Dois sem Um (2019). A atriz e diretora também trabalhou em projetos que exploram temas sociais e psicológicos, como o documentário Assédio.Doc (2019) e o curta Ato (2021), inspirado na pandemia.

Com uma carreira marcada por profundidade e inovação, Bárbara Paz segue sendo referência no cenário artístico brasileiro, aliando técnica apurada, sensibilidade e disposição para se reinventar.