Centro Cultural FIESP

Sua trajetória une arquitetura, urbanismo e arte, consolidando um legado notável nas artes cênicas e no ensino.

Após conquistar uma bolsa de estudos na extinta Escola de Artesanato do Museu de Arte Moderna, ingressa na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP) em 1956, onde mais tarde atua como professor. Durante sua permanência na FAU, colabora com os arquitetos Sérgio Ferro (1938) e Rodrigo Lefèvre (1938-1984) no Grupo Arquitetura Nova, movimento voltado para práticas arquitetônicas inovadoras. Paralelamente, inicia seu envolvimento com o teatro, trabalhando como cenógrafo, figurinista e diretor no grupo de teatro amador da Comunidade Cristo Operário, na periferia de São Paulo.

No final dos anos 1950, ganha destaque no Teatro de Arena, colaborando com importantes nomes como Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal. Em 1959, consolida sua reputação ao criar cenários e figurinos para a montagem de Morte e Vida Severina (1960), do Teatro Experimental Cacilda Becker. 

Ao longo de sua carreira, Império assina cenografias marcantes para peças no Teatro Popular do Sesi, como Noel Rosa: O Poeta da Vila e seus amores (1977), A Falecida (1979), Chiquinha Gonzaga, Ó Abre Alas (1983) e O Rei do Riso (1985). Além de Um Bonde Chamado Desejo no Teatro Oficina e o emblematico Roda Viva (1968).

Nos anos 1970, desenvolve cenários para espetáculos musicais emblemáticos, incluindo Rosa dos Ventos e Doces Bárbaros, que reuniram artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia.