Centro Cultural FIESP

Formou-se em Letras pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Guaxupé, em 1971. Posteriormente, concluiu o bacharelado em Interpretação Teatral pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) em 1975.  

A partir de 1977, iniciou suas atividades como pesquisadora de artes cênicas no Centro de Pesquisa sobre Arte Contemporânea do Departamento de Informação e Documentação Artísticas (IDART), órgão da Secretaria de Cultura do Município de São Paulo. Entre suas realizações destacam-se a organização do arquivo Fredi Kleemann, cobrindo o teatro paulista de 1948 a 1973, e a curadoria de exposições como Teatro Brasileiro de Comédia: 16 Anos de Cenografia e Figurinos (1980) e A Máscara e o Gesto (1981).  

Na década de 1980, ampliou sua atuação como tradutora, trabalhando para editoras como Perspectiva, Nova Cultural, Brasiliense, Ática, e jornais como O Estado de S. Paulo. Traduziu obras fundamentais, como o Dicionário de Teatro (1999), de Patrice Pavis. 

Em 1994, Maria Lúcia Pereira assume a coordenação geral do 1º Concurso Estadual de Dramaturgia do Teatro Popular do Sesi (TPS) e fica responsável pela coordenação editorial da coleção que reúne os dez primeiros colocados. Logo após, ela passa a assessorar a Divisão de Difusão Cultural do Sesi, sendo convidada a dirigir o departamento. Durante seu tempo à frente da instituição, o TPS executa o ambicioso Projeto 94 de Artes Cênicas, com a realização de grandes produções teatrais que se destacam nos padrões brasileiros, contando com diretores renomados como Antônio Abujamra, Vladimir Capella, Bia Lessa, Ulysses Cruz e Gabriel Villela, entre outros. Sua atuação no Sesi se estende até 1996.

Como diretora, realizou espetáculos marcantes como Minh'Alma, Alma Minha (1995), uma homenagem a Linneu Dias, vencedor do Prêmio Sharp de Melhor Ator, e Muito Prazer, Bertolt Brecht (1997), entre outras montagens que exploravam temas complexos e desafiadores.