Centro Cultural FIESP

Iniciou sua trajetória no circo-teatro, destacando-se como o palhaço Frajola, e logo migrou para o teatro amador, incentivado por Patrícia Galvão, a Pagu. Sua peça de estreia, Barrela (1959), causou escândalo ao abordar a violência sexual em prisões.

Ao longo de sua carreira, Plínio escreveu peças como Navalha na Carne (1967), Dois Perdidos Numa Noite Suja (1966) e Quando as Máquinas Param (1967), obras que destacaram seu compromisso em expor as contradições e os dramas das camadas periféricas da sociedade brasileira. Em 1977, rompeu com sua fase de censura severa ao estrear o musical O Poeta da Vila e Seus Amores, sobre Noel Rosa, no Teatro Popular do Sesi (TPS). Esse espetáculo marcou uma retomada de sua visibilidade no teatro, além de reafirmar sua relação com espaços acessíveis e de caráter democrático.

Sua obra enfrentou a censura da ditadura militar, tornando-o um símbolo de resistência. Plínio também se destacou como ator e articulista, utilizando múltiplos espaços para combater a repressão e defender a liberdade de expressão. Nos anos 1980, dedicou-se a explorar temas esotéricos em peças como Madame Blavatsky (1985). Mesmo sob restrições, manteve-se ativo como autor e editor independente, vendendo seus livros pessoalmente. 

Seu legado permanece vivo, não apenas por suas obras, mas também pela defesa intransigente dos direitos humanos e da arte como ferramenta de transformação social. No Teatro Popular do Sesi, ele encontrou um espaço emblemático que ilustrou sua luta por um teatro acessível e significativo.