Centro Cultural FIESP

A formação artística começou no Tablado, sob a orientação de Maria Clara Machado (1921-2001), e no Teatro de Arena, onde participou de peças como Arena Conta Zumbi (1965) e Arena Conta Bolívar (1969).

A consagração veio no cinema com Xica da Silva (1976), dirigido por Cacá Diegues (1940), onde interpretou uma figura complexa e vibrante, rompendo estereótipos raciais e conquistando prêmios, como o de Melhor Atriz no Festival de Brasília. No teatro e na música, consolidou-se como uma presença marcante, com álbuns como Prazer, Zezé (1978) e Negra Melodia (2011), que reafirmam sua versatilidade artística, atuou também em Um Grito de Liberdade (1972) no Teatro Popular do SESI SP.

Na televisão, Zezé quebrou barreiras interpretando personagens que traziam à tona debates sociais importantes, como o racismo e as relações interraciais, em produções como Corpo a Corpo (1984). Atuou também em séries internacionais, como 3% (Netflix, 2016).

Além de sua arte, Zezé é reconhecida por seu ativismo. Fundadora do Cidan (Centro Brasileiro de Informação e Documentação do Artista Negro), tornou-se símbolo de resistência e de valorização da cultura afro-brasileira.