Gésio Amadeu
Por: Curadoria Acervo Memória Cultural
02/12/2024 14:14
- Atuação
- Ator
- Evento
-
Gésio Amadeu
Gésio Amadeu
Gésio Amadeu - Biografia
-
Gésio Amadeu (Santos Dumont, Minas Gerais, 1947 – São Paulo, São Paulo, 2020) ator brasileiro, destacou-se na televisão, teatro e cinema.
Sua habilidade em transformar personagens coadjuvantes em figuras inesquecíveis e carismáticas marcou sua trajetória e o consolidou como um dos grandes nomes da dramaturgia nacional.
Nascido no distrito rural de Conceição do Formoso, em Santos Dumont, Minas Gerais, mudou-se aos oito anos para Juiz de Fora em busca de melhores oportunidades. Lá, concluiu o ensino médio, cumpriu o serviço militar, participou do Batuque Afro-Brasileiro Nelson Silva e estreou no teatro com a peça O Coronel de Macambira (1966).
Em 1968, transferiu-se para São Paulo e, no ano seguinte, foi contratado pela TV Tupi a convite de Bráulio Pedroso. Estreou em novelas com um papel que levava seu próprio nome, em Beto Rockfeller (1969). No teatro, participou de produções marcantes, como A Moreninha (1969), e na versão cinematográfica homônima. Em 1974, integrou a Companhia Ruth Escobar, com apresentações no Irã e na Europa, destacando-se na montagem de Los Auto Sacramentales, de Calderón de La Barca.
Durante a década de 1980, destacou-se em peças como Calabar, o Elogio da Traição (1980), de Chico Buarque e Ruy Guerra, e Os Órfãos de Jânio (1981), de Antônio Abujamra. Sua atuação em Os Órfãos de Jânio foi elogiada pelos gestos precisos e a voz marcante.
Atuou no Teatro Popular do Sesi em peças como Péricles, Príncipe de Tiro (1995), Boca de Ouro (2012) e a A Falecida (2012) dirigida por Nelson Rodrigues.
Dedicou-se também à teledramaturgia, com papéis memoráveis como Fulgêncio, em Sinhá Moça (1986), Chefe Chico, em Chiquititas (1997), e tio Barnabé, no Sítio do Pica-Pau Amarelo (2007). Em Velho Chico (2016), interpretou Chico Criatura, reafirmando sua presença cativante nas telas.
No teatro, retornou em 2011 com O Grande Grito, de Gabriela Rabello (1943), e, em 2012, participou de montagens de clássicos de Nelson Rodrigues, como A Falecida e Boca de Ouro, sob direção de Marco Antônio Braz (1966).
Com uma trajetória que atravessou momentos cruciais da dramaturgia brasileira, Gésio Amadeu encantou o público com interpretações que combinavam humor, emoção e intensidade, deixando um legado profundo na cultura brasileira.
Termos Relacionados
Jésio Amadeu
Como Citar
AMADEU, Gésio. In: Acervo Memória Cultural. São Paulo: SESI-SP, 2025. Disponível em: https://centroculturalfiesphml.azurewebsites.net/memoria-cultural/biografia/f5d3c154-789f-4c91-fb87-08dd12d632de/gesio-amadeu. Acesso em: 19 de junho de 2025.